Mestre diga... Existem pessoas que fazem sexo, outras que fazem o amor e outras que têm compaixão...
Qual é a diferença?
O Mestre, que tinha passado o dia todo meditando entoou as seguintes palavras com muita maestria:
⭕️o sexo é uma questão de física e química, disse o mestre. Hoje está, amanhã não se sabe. O sexo é um desejo que se satisfaz em uma noite. É a causa pela qual o homem se perde também. Ele drena a energia do ser humano, não é construtivo...
Quando há sexo há separação, porque depois de terminar o ato sexual cada um se separa. Também não há gratidão... é mecânico...
O sexo é um estado de inconsciência...
⭕️no amor há uma troca... Eu dou e você recebe... Amar é estudar a pessoa que temos ao lado, com a mente, o coração e o corpo...
Amar é esquecer das ofensas, é tocar o corpo para conhecer a alma do amado... é curtir a companhia do outro, sem expectativas... é preparar um café da manhã sem esforço... é agradecer depois de fazer amor... É a aceitação do que a pessoa foi, é e será...
O amor é um estado de consciência...
⭕️a compaixão é a arte de se esquecer de dar e receber... ou seja, é a arte de não olhar nem para a esquerda nem para a direita quando o amor chega... é ser um autor anônimo do amor... é Perceber que o corpo é um templo, é pedir permissão ao corpo para acariciar-lo, é tomar consciência do valor das palavras e das promessas, é surpreender alguém com o único fim de alegrar o dia...
É incondicional... ser incondicional é ser capaz de não colocar condições ao amor, não fazer um contrato, nem presentear um " Eu te amo se..." ou " Eu te amo porque "...
A compaixão é terapêutica porque tem dois remédios: a liberdade e a intenção...
A compaixão faz sagrado ao amor e dá-lhe uma missão ao sexo...
A compaixão é um estado de supraconsciencia...
O amor supraconsciente é a fusão de uma fogueira no quarto, uma presença total durante o dia e uma poesia durante toda a vida...
Amem como as nuvens para a terra...
Amem sem memória...
Com doçura...
Com respeito...
Com desembaraço...
Com poesia...
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Do livro sussurros do silêncio, do Diego Van.
Foto: Paula Chang
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